Já sentiu que as dores ficam mais fortes quando o tempo esfria?
Essa é uma sensação que muitos relatam ser “comum” e que existem até pesquisas sobre o assunto para entender a relação do clima com a dor.
Vem entender melhor se essa sensação de “mais dor” é de verdade ou uma percepção superficial do corpo.
Confira!
O que a ciência diz: como o clima afeta as dores
A discussão sobre como o clima influencia as condições de dor é bastante complexa.
De acordo com pesquisas feitas pelo Sociedade Americana de Meteorologia, muitas pessoas relatam que suas dores nas articulações pioram com a variação do clima.
A pressão barométrica, a temperatura e a umidade são fatores frequentemente mencionados por pacientes com artrite e fibromialgia.
Estudos indicam que mudanças súbitas no clima podem intensificar episódios de dor.
Por exemplo, o Guairacá destaca que a queda na pressão barométrica pode causar inchaço nas articulações, aumentando a dor.
A umidade elevada também pode contribuir para o aumento da rigidez e do desconforto.
Pacientes com artrite frequentemente relatam aumento da dor durante períodos de alta umidade e frio, pois essas condições podem causar rigidez nas articulações e músculos.
Além do mais, a mudança de temperatura pode afetar o fluxo sanguíneo, em climas frios, há uma tendência do corpo a desviar o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, o que pode reduzir a circulação nas extremidades, causando dor e desconforto.
Segundo dados de um estudo publicado no Journal of General Internal Medicine, encontrou uma correlação entre baixas temperaturas e aumento das visitas ao hospital por dores articulares.
Outro estudo realizado na Universidade de Manchester revelou que pessoas com condições como artrite reumatoide relatam piora nos sintomas em dias de alta umidade e baixas temperaturas.
Esses estudos ajudam a entender melhor como o clima pode influenciar a saúde e o bem-estar de pessoas com dores crônicas.
O Tua Saúde, também aborda que mudanças bruscas de temperatura podem levar à diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos e contração dos músculos, tornando as articulações e músculos mais rígidos e doloridos.
Além disso, há aumento da sensibilidade das terminações nervosas da pele, o que pode agravar a dor.
Como o clima afeta diferentes tipos de dor
A forma que o clima frio e quente afetam dores crônicas e agudas é um campo de estudo cada vez mais relevante.
Condições como artrite, fibromialgia e enxaquecas são particularmente sensíveis às mudanças climáticas.
Clima frio e dor
Em climas frios, há uma tendência do corpo a desviar o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, o que pode reduzir a circulação nas extremidades, causando dor e desconforto.
Segundo o Guaicará, a queda na pressão barométrica, comum em climas frios, pode fazer com que o ar se expanda, causando inchaço nas articulações e agravando a dor em pessoas com artrite, a umidade elevada e o frio também podem levar à rigidez das articulações e músculos, intensificando a dor.
Clima quente e dor
Já em climas quentes, o aumento da temperatura pode levar à desidratação, que por sua vez pode exacerbar dores crônicas.
A desidratação afeta os níveis de eletrólitos no corpo, essenciais para a função muscular e nervosa, causando cãibras e dores.
A umidade alta também pode contribuir para o aumento da dor, pois pode causar inchaço nas articulações.
Condições climáticas extremas e dores específicas
Condições climáticas extremas, como ondas de frio ou calor intenso, podem exacerbar dores específicas.
De acordo com um artigo no GE Globo, aproximadamente 67% das pessoas com dores crônicas relatam piora em seus sintomas com mudanças climáticas.
Estudos mostram que a baixa temperatura pode aumentar a viscosidade do líquido sinovial nas articulações, resultando em maior rigidez e dor.
Gerenciamento de dor em diferentes condições climáticas
Agora que já entendemos que a dor pode sim ser afetada pela mudança climática, é hora de saber o que pode ser feito para gerenciar e minimizar esses efeitos.
1. Ajustes na medicação
- Consultas regulares: agende consultas regulares com seu médico, especialmente em períodos de mudança de clima, para ajustar a dosagem de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos ou outros tratamentos prescritos.
- Medicação de resgate: mantenha à mão medicamentos de resgate para dor, que podem ser usados em caso de agravamento dos sintomas devido às mudanças climáticas.
- Monitoramento dos sintomas: anote os sintomas e sua intensidade ao longo do tempo para ajudar o médico a entender como o clima afeta sua dor e ajustar o tratamento de forma mais eficaz.
2. Rotina de atividades físicas
- Exercícios de baixa impacto: incorpore exercícios de baixo impacto, como ioga, pilates ou natação, que ajudam a manter a flexibilidade e a força muscular sem sobrecarregar as articulações.
- Alongamento diário: realize alongamentos diários para manter a flexibilidade e prevenir a rigidez muscular, que pode ser exacerbada pelo frio.
- Aquecimento prévio: antes de qualquer atividade física, faça um aquecimento adequado, especialmente em dias frios, para evitar lesões e reduzir a dor.
3. Adaptações no ambiente
- Manter o corpo aquecido: use roupas adequadas para manter o corpo aquecido em dias frios, como cachecóis, luvas e meias térmicas. Elas podem ajudar a proteger as áreas mais suscetíveis à dor.
- Compressas quentes: utilize compressas quentes nas áreas doloridas para aliviar a rigidez e a dor causadas pelo frio e umidade.
- Desumidificadores: se você mora em uma região úmida, considere usar desumidificadores em casa para reduzir a umidade, o que pode ajudar a aliviar a dor nas articulações.
4. Cuidados com a dieta e hidratação
- Dieta anti-inflamatória: adote uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios, como peixes ricos em ômega-3, sementes, frutas vermelhas e vegetais de folhas verdes.
- Hidratação adequada: beba bastante água para manter o corpo hidratado, já que a desidratação pode intensificar a sensação de dor.
5. Manutenção da saúde geral
- Sono adequado: priorize uma boa qualidade de sono, utilizando técnicas de relaxamento antes de dormir e ajustando o ambiente do quarto para um sono mais reparador.
- Gerenciamento do estresse: pratique técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação ou respiração profunda, para evitar que o estresse exacerba a dor.
Impacto do frio na atividade física e consequências para a dor
Quando a temperatura cai, é comum que as pessoas reduzam suas atividades ao ar livre e, muitas vezes, abandonem a prática regular de exercícios.
Isso pode levar a um aumento na rigidez articular e na dor, especialmente em indivíduos com condições crônicas como artrite e fibromialgia.
Para prevenir a dor relacionada ao frio e se manter ativo durante o inverno, algumas dicas são:
Exercícios internos
Praticar exercícios em ambientes fechados pode ser uma ótima alternativa para evitar o frio extremo, atividades como ioga, pilates e exercícios de alongamento ajudam a manter a flexibilidade e a força muscular.
Aquecimento adequado
Antes de iniciar qualquer atividade física, é importante fazer um aquecimento adequado para preparar os músculos e articulações.
Isso ajuda a aumentar a circulação sanguínea e a reduzir o risco de lesões.
Roupas apropriadas
Se vista em camadas e utilizar roupas térmicas pode ajudar a manter o corpo aquecido durante a prática de atividades ao ar livre, não se esqueça de proteger as extremidades, como mãos, pés e cabeça.
Hidratação
Mesmo no frio, é importante se manter hidratado.
A desidratação pode aumentar a sensação de dor e rigidez nas articulações.
Manter uma rotina
Estabelecer uma rotina de exercícios que possa ser mantida durante todo o inverno é essencial, isso ajuda a evitar a inatividade e a manter a saúde das articulações e músculos.
A importância de entender o impacto do clima na dor ajuda a tratar e prevenir melhor essas condições.
Quer saber mais sobre dores, tratamentos, cuidados e qualidade de vida?
